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Holanda, 04/02/2007 |
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- Verdonk: "Perdão geral' ensombrece o futuro da imigração na Holanda"
A Ministra da Imigração e Integração, Rita Verdonk, considera "extremamente ruim" que os partidos da coalizão holandesa - CDA, PvDA e ChristenUnie - tenham chegado a um acordo quanto à concessão do chamado "perdão geral" a asilados. "O que acabará acontecendo é que muito mais pessoas virão para a Holanda em busca de asilo, ao mesmo tempo que haverá quem não queira mais deixar o país", disse a ministra ao jornal De Telegraaf, neste fim de semana.
Pelo acordo entre os partidos, asilados que já estejam na Holanda há pelo menos cinco anos - e que não tenham perspectivas em seus países de origem - deverão receber um visto de permanência no país. A decisão irritou a ministra holandesa, notória por suas duras medidas de prevenção a um 'descontrole imigratório' - visto como uma ameaça real à vida em sociedade na Holanda. Verdonk disse ainda achar "um desperdício tremendo" que o CDA - maior partido a compor o governo - tenha concordado com um recuo desta natureza, três anos e meio depois de apoiar uma rigorosa política para o setor. "No âmbito da imigração, vejo um futuro sombrio para a Holanda", afirmou Verdonk.
Não bastasse este aspecto, a possibilidade de que o "perdão geral" deflagre uma avalanche de processos jurídicos assombra a ministra, quem, apesar da influência, não permanecerá por muito mais tempo no cargo. No governo que estréia esta semana, Rita Verdonk assumirá a pasta da Proteção à Infância e Juventude e Integração. Enquanto isto não acontece, ela continua empenhada em moralizar a política de imigração holandesa, tornada, por suas mãos, uma das mais rigorosas do ocidente.
Na visão da ministra, o pré-requisito dos cincos anos de asilo, para a concessão dos vistos de residência, pode trazer de volta ao país aqueles que tiveram que deixar a Holanda, mesmo depois de terem completado prazo semelhante. Para Verdonk, a medida pode ser o início de um precendente desastroso e levaria ex-asilados a abrirem processos contra o governo holandês, pelo direito de viver no país, nas mesmas condições.
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