- Plano de saúde não cobrirá remédio para emagrecer
O emagrecedor "Ribomanabant" não será incluído no plano básico ("Basispakket") dos seguros de saúde, noticiou ontem o jornal "De Telegraaf". Na prática, isto significa que o paciente que necessitar do medicamento terá que pagar por ele, e não o seguro de saúde.
Considerada uma "pílula mágica", o remédio pretende auxiliar pessoas que querem perder peso sem fazer esforço. Um outro poder atribuído ao medicamento é o de ajudar a combater o fumo.
Para chegar ao Ribomanabant, o fabricante Sanofi Aventis investiu 800 milhões de euros e anos de pesquisa. Segundo informações oficiais, o remédio foi concebido para atender as necessidades de pessoas com diabetes e obesidade mórbida. No cenário médico-farmacêutico, a medicação deveria estar para a obesidade como Viagra, para problemas de ereção e Prozac, para depressão.
O CVZ - órgão que avalia novos medicamentos para o governo - considerou a ação do Ribomanabant insuficiente para atingir o efeito prometido. O remédio visa a redução de 5% do peso do paciente - 5Kg em pessoa com 100Kg. "Para atingir este resultado, não é necessário tomar remédios. Dieta e esporte fazem o mesmo efeito", disse um porta-voz da entidade. O CVZ teme ainda que efeitos colaterais desconhecidos venham a se manifestar a longo prazo. Além disso, a medicação poderia causar enjôos e problemas psíquicos. Em linhas gerais, o Ministério da Saúde costuma acatar o parecer do órgão.
Para fornecer um contraponto, o fabricante alertou para uma categoria de pacientes com diabetes cuja medicação para controle de insulina já não faz mais efeito. Segundo comunicado da empresa, tais pessoas seriam beneficiadas pelo Ribomanabant. Ainda segundo a Sanofi Aventis, pacientes e médicos seriam favoráveis à inclusão do medicamento no plano básico de saúde holandês.
Redação: Arnild Van de Velde